ESPELHO DE RETALHOS
Um raro impulso abre meus olhos para um espelho esquecido. Desperto sob remendados cobertores antigos que acalentam os sonhos inaugurais e resguardam o olhar infantil. A imagem recortada na paisagem das recordações abre novas cortinas. A representação é estar viva na narrativa dos horizontes. Com a imagem despida das vestes cotidianas, ganho a nudez das fantasias com os alegóricos véus de realizações. Reflexos que alinhavam e fortalecem os retalhos de memórias e acalentam a entrega a um amanhã virginal.
Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 24/11/2005
Alterado em 24/11/2005 |