Baldeação
Caminhos lentos ao terminal. Passos que se alongam em sombras descansadas. A luz na rua denuncia o cansaço, encardida acompanha o olhar que se aproxima de mais um destino, refletida acusa a noite à revelia, escancarada estampa os rostos desvalidos na rotina de ir e vir... Não são ciganos, nômades de destino, são sedentários, trabalhadores, quiçá informais. Talvez uma baldeação. Passa um caminhão de lixo apressado e interrompe a desatenção, mas logo deixa os passos solitários a caminho do terminal.
Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 06/10/2005
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