Sem título
Grandes e profundas raízes
Invadem leitos, rios sinuosos Rasgam as entranhas Dos virginais cios. O gozo liberto de culpa Corpo desnudo ainda trêmulo Refém de mãos desarmadas Voz rouca sob o pensamento. Espreita à margem segura Um olhar firme, arguto, Desfolhando as vivências No obscuro ventre rubro. Grandes e profundas raízes Enrijecem a tortuosa geografia Em solo, sangue, fantasias Rituais de sombras, luz do dia... O gozo prende e arrasta o tempo Disfarça as horas no ventre contraído Madrugadas, sede, movimentos Novas raízes desenham a dor e o prazer Penetram a flor no calor amanhecido. Raiz, sangue e cio...
Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 01/03/2005
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