Olha o trem...
Ele passou... Simplesmente partiu como um trem na estação com as janelas fechadas. Não mostrou o olhar, deixou-o preso aos trilhos futuros, a alguma incerteza, ao chão de uma realidade fragmentada... Suas palavras distantes se perdiam num horizonte de murmurinhos... Talvez, talvez, talvez... De repente, uma partida rasga as horas e deixa os dormentes feridos, sussurrando um som triste, sem refrão, sem retorno, como um poema sem rima à margem dos trilhos...
Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 27/09/2005
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