Antes o silêncio... Uma palavra profana a carne e deixa à mostra o desejo mutilado em pobres metáforas. Medo. O sagrado cinzel que recorta os movimentos e abandona a memória sobrecarregada de culpa. Solidão. A certeza de não projetar a emoção como um verbo gozoso em conjugações futuras. Ansiedade. A noite invade a cela com a faísca de uma estrela distante das percepções e arde as expectativas junto à fogueira das tantas inquietações. Angústia. Insone e quase alucinado, o pensamento rompe o dia com a fuligem de uma declaração lacrada no corpo do esquecimento...