PELES ROMPIDAS
Percebo os véus rasgados das fantasias noturnas na orla do dia. Diáfanos sonhos se escondem no reflexo dos falsos brilhos e navegam os oceanos interiores de silêncios e sombras. Trilho os passos de vôos pretéritos para aterrissar no horizonte equilibrado nas beiras do amanhã e lacerar as peles que já não acolhem as lembranças. Despeço-me dos mutilados tecidos no areal virgem de uma folha em branco com a alma cicatrizada no umbigo de uma emoção sonolenta.
Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 16/02/2007
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